A precária rede de informação entre doadores de órgãos e hospitais
receptores é a razão da demora nos transplantes de órgãos no estado e, por
consequência, no município, o que provoca uma longa fila de espera de pacientes.
Essas são as principais conclusões do relatório final entregue à Mesa Diretora
pela Comissão Especial criada para acompanhar a situação das doações e dos transplantes de órgãos e tecidos no Rio.
Presidida por mim, a Comissão tem relatoria do vereador Dr.
João Ricardo (PSDC) e conta com os vereadores membros Dr. Eduardo Moura (PSC),
Professor Uóston (PMDB) e Jorge Manaia (PDT). Nós também questionamos a falta de
uma legislação específica unificada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Percebe-se que
existem falhas na legislação e que o método adotado por São Paulo, por
exemplo, não é adotado em outros estados. Uma legislação local favorece um estado e essa
mesma legislação apropriada para o caso dos transplantes não é aceita em outro.
E o SUS não interfere, quando deveria unificar as ações bem-sucedidas em todos
os estados brasileiros.
A partir dos
debates sobre as dificuldades no processo de doação, captação e transplantes de
órgãos e tecidos, nós descobrimos que com menos de cem mil reais a cidade
poderia dispor de um banco de pele. A criação desse serviço ajudaria a minorar
ou até a curar pacientes gravemente queimados.
É urgente que a
ampla documentação acumulada sirva como auxílio a qualquer estudo sério sobre a
situação das doações e transplantes de órgãos e tecidos no município do Rio de
Janeiro. As opiniões e ideias dos profissionais que participaram dos encontros
e visitas não podem ser descartadas e devem servir de base para debates e
trabalhos futuros.
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