12 de nov. de 2012

Crack: existe uma solução?


Já falamos diversas vezes sobre essa verdadeira tragédia social em que se transformou o crack. E vamos continuar denunciando essa lucrativa indústria de zumbis, já que as soluções - se é que existem- simplesmente não têm surtido efeito.
Não é difícil perceber a falência das políticas de prevenção e tratamento aos dependentes. As chamadas “cracolândias” apenas mudaram de lugar. Agora, quase todos os dias, somos brindados com imagens chocantes de pessoas desorientadas se aventurando na travessia da Av. Brasil e em locais próximos ao Parque União. Em Manguinhos e no Jacarezinho já se pode notar um tímido retorno à situação anterior à ocupação pelas forças de segurança.
Estamos diante de um dilema. Defender a internação compulsória dos dependentes é impossível com a estrutura de que dispõe atualmente a prefeitura. Não há leitos disponíveis, a infraestrutura das unidades é precária e os contratos firmados entre a prefeitura e ONGs são suspeitíssimos.
Contudo, é dever do Estado promover o acesso à saúde e o bem-estar das pessoas, como preceitua a Constituição. E isso inclui tanto os viciados quanto os motoristas que rodam pelas avenidas da cidade correndo o risco de atropelar um deles.
A prefeitura precisa dialogar com a sociedade para buscar soluções. E é nossa responsabilidade também. Afinal, é fácil só criticar. De qualquer forma, já passou da hora de a administração municipal avaliar a eficácia dessa política de recolhimento de pessoas. Do jeito que está, estaremos apenas removendo pessoas para outros lugares, como lixo. 

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