As mudanças propostas pelo prefeito
para a construção de um campo de golfe merecem ser estudadas com total atenção
pelos colegas vereadores. Uma série de alterações que promete mudar
radicalmente a cara do bairro não pode ser aprovada a toque de caixa. Lamentavelmente,
os grandes eventos estão sendo usados como desculpa para todo tipo de abusos
por parte da prefeitura.
Os interesses da especulação
imobiliária, ao que tudo indica, estão muito bem representados. O aumento do
gabarito na região do Parque Olímpico para a construção de prédios de até 27
andares, por exemplo, terá um grande impacto em uma região já castigada pela
total falta de infraestrutura.
Temo pelo futuro da Barra da Tijuca.
O que hoje se vende como legado e benefício tem grandes chances de se
transformar em uma dor de cabeça olímpica no futuro. Vejamos aqueles prédios que foram
construídos para o Panamericano, que hoje afundam na Barra da Tijuca.
Muitos não sabem que a preservação da Prainha, no Recreio dos Bandeirantes,
deve-se à atuação firme do então vereador do Partido Verde Alfredo Sirkis.
Infelizmente, hoje estamos impotentes
diante da especulação imobiliária, que fará da Barra da Tijuca um verdadeiro
enxame de arranha-céus. Quando passo pela Barra da Tijuca e pelo Recreio dos Bandeirantes e vejo aqueles enormes prédios, fico me perguntando por que deixaram construir
prédios tão grandes, que alteram tanto a paisagem do bairro, sem falar na falta
de infraestrutura de esgoto, de iluminação e de segurança.
Hoje, como vereador no final do
mandato, entendo como essas coisas são votadas e como são aprovadas. Espero que
os vereadores que focarem com mandato nos anos que virão impeçam que esses
verdadeiros absurdos sejam concretizados.
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