10 de out. de 2012

Saúde em pé de guerra




Saúde e guerra estão de forma separada no texto. Vocês entenderão.
Falar do verdadeiro estado de caos em que se encontra o sistema de saúde na cidade chega a soar repetitivo, especialmente quando o discurso parte de um dos dez vereadores médicos desta casa. No entanto, não há maneira de outras discussões vingarem enquanto o básico não existir da maneira adequada.
Os governos teimam em mostrar uma realidade muito diferente da vivida pelos usuários do sistema. Enquanto nas propagandas oficiais todo mundo entra feliz e sai mais feliz ainda das unidades de saúde, no mundo real a pessoa entra e corre o risco de nunca mais sair.
No Hospital Geral de Bonsucesso, 71 pessoas se espremiam em um espaço em que caberiam apenas 36, em um desses contêineres, essas “estruturas de lata”. O espaço onde os pacientes deveriam estar passa por obras, que tiveram que ser interrompidas depois que foram detectados indícios de irregularidades no valor do serviço.
No âmbito municipal, o prefeito reeleito já deu o recado: vai implantar o controle de frequência para os médicos. Ele alega que a medida vai diminuir o número de faltas dos profissionais. Mas, senhor prefeito, temos questões mais importantes a resolver, como a desigualdade salarial entre concursados e contratados. É inviável e um absurdo manter duas categorias de médicos!
Espero que os vereadores reeleitos continuem a exigir do prefeito mais efetividade na saúde. Como cidadão, não desistirei de cobrar respeito aos pacientes e aos profissionais.

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O Globo desta terça-feira traz matéria que credita à influência da ex-senadora Marina Silva a divisão interna no Partido Verde sobre um eventual apoio ao prefeito reeleito. Vamos aos fatos:
Primeiro: Ela jamais concordou com isso;
Segundo: A designação marineiros do partido” é uma forma desrespeitosa de se referir, mesmo que indiretamente, a uma pessoa do porte moral e da coerência política da nossa  ex-senadora Marina Silva. Deixo expresso meu protesto;
Terceiro:  Quem tem poder para decidir os destinos do PV é a direção do partido. Apesar de os jornais de hoje já afirmarem que a tendência no partido é dizer não à aliança, é leviano fazer especulações neste momento.
Aguardamos o pronunciamento da direção municipal do partido, exercendo o papel a que nos propomos nesta legislatura: o de oposição ao prefeito. O Rio pode e merece mais. É nisso que acreditamos.

Um comentário:

  1. Prezado Prof. Edison da Creatinina, sai fora desta furada chamada PV. Até a Marina já saltou fora. É um partido comandado por coroneis como vários outros no cenário político nacional. Não basta dizer que um de seus grandes líderes é o filho do Sarney. Isto por si só já basta para dizer que deste verde não sairá ar. Acho que partidos como o PSOL o receberiam de braços abertos, junto com a vereadora Sonia Rabello, para formar um excelente quadro para ampliar a discussão da sustentabilidade que ainda é incipiente neste partido e tem muito espaço para crescer. Não bastasse ser este partido a verdadeira oposição "sem rabo preso" que se avizinha ser a que conquistará espaço junto ao eleitorado nacional por conta de suas propostas de correção na política, sem repetir os erros de outros partidos que se perderam no caminho quando defendiam estas propostas antes de ser poder.

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