O
prefeito Eduardo Paes afirmou ao jornal O Globo, na edição desta segunda-feira
(3/9), que a culpa pela superlotação dos hospitais do município se deve à
vinda de pacientes de outras cidades. Em caminhada de campanha no Grajaú neste
domingo, Paes comentou uma publicação da imprensa estrangeira que questiona o
legado social dos Jogos Olímpicos 2016. Segundo ele, apesar de a prefeitura
buscar a integração com o restante da região metropolitana, os municípios
vizinhos precisam fazer sua parte.
Em
parte, o prefeito está certo. Mas só em parte mesmo, já que existem diversos
outros fatores que poderiam ajudar a explicar o caos na rede de saúde. Outros motivos
são as longas distâncias que os moradores da Zona Oeste precisam percorrer para
conseguir atendimento. A restrição por CEP para o atendimento nas Clínicas da
Família, o péssimo estado de conservação de unidades como o Hospital da
Piedade, que poderiam ajudar a diminuir a pressão nas grandes emergências, além
da desvalorização da carreira, com baixos salários e condições indignas de
trabalho.
Quanto
à integração da gestão na região metropolitana, já tratamos disso em outro
post, de 26 de agosto (Grande
Rio precisa de gestão). É fundamental o entendimento entre as cidades do Grande Rio em áreas como
transporte, saúde e meio ambiente. O prefeito tem razão de reclamar, mas precisa
assumir sua responsabilidade.
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