4 de set. de 2012

Saúde do Rio: problema de todos




O prefeito Eduardo Paes afirmou ao jornal O Globo, na edição desta segunda-feira (3/9), que a culpa pela superlotação dos hospitais do município se deve à vinda de pacientes de outras cidades. Em caminhada de campanha no Grajaú neste domingo, Paes comentou uma publicação da imprensa estrangeira que questiona o legado social dos Jogos Olímpicos 2016. Segundo ele, apesar de a prefeitura buscar a integração com o restante da região metropolitana, os municípios vizinhos precisam fazer sua parte.

Em parte, o prefeito está certo. Mas só em parte mesmo, já que existem diversos outros fatores que poderiam ajudar a explicar o caos na rede de saúde. Outros motivos são as longas distâncias que os moradores da Zona Oeste precisam percorrer para conseguir atendimento. A restrição por CEP para o atendimento nas Clínicas da Família, o péssimo estado de conservação de unidades como o Hospital da Piedade, que poderiam ajudar a diminuir a pressão nas grandes emergências, além da desvalorização da carreira, com baixos salários e condições indignas de trabalho.

Quanto à integração da gestão na região metropolitana, já tratamos disso em outro post, de 26 de agosto (Grande Rio precisa de gestão). É fundamental o entendimento entre as cidades do Grande Rio em áreas como transporte, saúde e meio ambiente. O prefeito tem razão de reclamar, mas precisa assumir sua responsabilidade. 

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