A
campanha à reeleição do prefeito Eduardo Paes vai de vento em popa, em termos
de arrecadação. É o que afirma o Jornal
do Brasil, em reportagem publicada nesta segunda-feira.
Na contabilidade apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aparecem
11 pessoas físicas como doadoras de campanha. Entre as empresas que destinaram
recursos estão construtoras, incorporadoras e administradoras de shoppings. No
total, sete empresas doaram quase dois milhões de reais.
Mas o candidato não discriminou, até o momento, a maior parte das
doações, o que impede a identificação dos reais colaboradores. São R$5,4 mil que
precisam ter sua origem revelada.
A campanha oficial conseguiu, ainda, uma proeza: de um total de
quase sete milhões de reais, conseguiu economizar R$3,3 milhões. Está dando
lucro.
Será que todas as empresas, ao doarem recursos a candidatos, visam ao bem da cidade? O propósito de uma organização comercial é o lucro, e assim
será com esse dinheiro investido.
E, dessa maneira, bairros antes tranquilos passam a sofrer as
consequências da especulação imobiliária. Shoppings são erguidos em ruas que
não atendem a regras básicas de engenharia de trânsito e empresas instalam
fábricas em lugares antes impensáveis.
O dinheiro de origem secreta representa interesses que não são os
da maioria da população, entre eles o transporte de péssima qualidade, com a
concentração de linhas de ônibus em regiões já bem servidas e a saúde pública
deficiente, que empurra os cidadãos para os planos de saúde.
É por esse motivo que sou contra doações de campanha. Não é
possível imaginar que avançaremos com a ética na política servindo a interesses
empresariais, que pouco têm a ver com os anseios da sociedade.
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