O jornal O Globo deste domingo traz uma reportagem sobre as dificuldades de
deficientes físicos na cidade que sediará os próximos Jogos Paraolímpicos, em 2016.
Segundo as pessoas ouvidas pela equipe do jornal, a cidade não está preparada para
recebê-los.
São muitos os problemas. Falta de
sinalização tátil para deficientes visuais, rampas para cadeirantes, sinais de
trânsito sonoros etc. A prefeitura criou o programa Calçada Lisa em 2013, com a
recuperação de mais de 700 mil metros quadrados de piso, mas as dificuldades estão acontecendo
agora.
E o panorama de desrespeito com o
deficiente é ainda pior nas zonas Norte e Oeste. Estações de trem e metrô sem
acessibilidade; apenas 60% da frota de ônibus adaptada; calçadas em estado
precário, com carros em cima.
A Fetranspor garante que até 2014
toda a frota de ônibus será adaptada. A Supervia afirma que o ramal de Deodoro
será repaginado. O Metrô diz que todas as estações do sistema têm equipamentos
de acessibilidade. Ocorre que ninguém vive de promessas, logo, as mudanças
necessárias precisam ser implantadas o quanto antes.
Os desafios são enormes. Temos
consciência do tamanho da cidade e das dificuldades para administrá-la. No entanto,
a política de acessibilidade deve levar em consideração as pessoas. É preciso
dar condições de vida a elas. Só assim teremos, de fato, um Rio para todos.
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