O jornal O Dia deste domingo, 26 de agosto, traz uma interessante reportagem sobre os riscos da poluição no Rio de Janeiro.
Os números são preocupantes: 74% da população fluminense vive na região metropolitana. São cerca de 2,5 milhões de viagens em veículos automotores todos
os dias, o que resulta no aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2)
na atmosfera, gerando uma nuvem de poeira no ar. Isso é facilmente
identificável nos dias claros, aquela capa marrom no horizonte.
Além dos riscos da poluição do
ar, temos também a contaminação dos lençóis freáticos pelos lixões clandestinos
e o lançamento clandestino de esgoto nos rios. Toda essa sujeira deságua na
Baía de Guanabara, afetando diretamente a qualidade de vida dos cariocas.
Vale lembrar que bilhões de
dólares já foram para o ralo (sem trocadilho) em obras de despoluição. Ainda na
baía, temos os riscos da atividade petroleira, com os vários terminais da
Petrobras e, mais recentemente, as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj).
Já passou da hora de refletir
sobre qual tipo de desenvolvimento queremos para nossa cidade. Investir em
ônibus como transporte de massa não soa muito lógico. O gasto é cada vez maior
com engarrafamentos. As pessoas têm que sair cada vez mais cedo para evitar os
horários de pico. São horas desperdiçadas, que poderiam muito bem ser
aproveitadas de outro modo, caso houvesse um transporte de qualidade, que não
acabasse com a paciência da população.
Outro aspecto importante que
passa ao largo das discussões é a gestão dessa região metropolitana. É preciso
integração entre os municípios. Como capital e cidade mais importante do
estado, o Rio de Janeiro precisa tomar a dianteira desse processo. Todas as
dificuldades enfrentadas pelas cidades vizinhas deságuam no Rio, desde a saúde
até os transportes, passando pela segurança e pelo meio ambiente.
Enfim, a racionalidade precisa
imperar na região metropolitana, para que o Rio volte a respirar. Os bons
exemplos, com certeza, serão seguidos.
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