26 de ago. de 2012

Grande Rio precisa de gestão


O jornal O Dia deste domingo, 26 de agosto, traz uma interessante reportagem sobre os riscos da poluição no Rio de Janeiro. Os números são preocupantes: 74% da população fluminense vive na região metropolitana. São cerca de 2,5 milhões de viagens em veículos automotores todos os dias, o que resulta no aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, gerando uma nuvem de poeira no ar. Isso é facilmente identificável nos dias claros, aquela capa marrom no horizonte.  

Além dos riscos da poluição do ar, temos também a contaminação dos lençóis freáticos pelos lixões clandestinos e o lançamento clandestino de esgoto nos rios. Toda essa sujeira deságua na Baía de Guanabara, afetando diretamente a qualidade de vida dos cariocas.

Vale lembrar que bilhões de dólares já foram para o ralo (sem trocadilho) em obras de despoluição. Ainda na baía, temos os riscos da atividade petroleira, com os vários terminais da Petrobras e, mais recentemente, as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Já passou da hora de refletir sobre qual tipo de desenvolvimento queremos para nossa cidade. Investir em ônibus como transporte de massa não soa muito lógico. O gasto é cada vez maior com engarrafamentos. As pessoas têm que sair cada vez mais cedo para evitar os horários de pico. São horas desperdiçadas, que poderiam muito bem ser aproveitadas de outro modo, caso houvesse um transporte de qualidade, que não acabasse com a paciência da população.

Outro aspecto importante que passa ao largo das discussões é a gestão dessa região metropolitana. É preciso integração entre os municípios. Como capital e cidade mais importante do estado, o Rio de Janeiro precisa tomar a dianteira desse processo. Todas as dificuldades enfrentadas pelas cidades vizinhas deságuam no Rio, desde a saúde até os transportes, passando pela segurança e pelo meio ambiente.

Enfim, a racionalidade precisa imperar na região metropolitana, para que o Rio volte a respirar. Os bons exemplos, com certeza, serão seguidos.  

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