11 de jun. de 2012

Engenheiros da Seaerj discutem o futuro da Perimetral

Na noite de segunda-feira, 11 de junho, logo após o encerramento dos trabalhos no legislativo municipal, fui a uma reunião na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj), no bairro da Glória, para participar das discussões sobre a demolição do elevado da Perimetral, no centro do Rio.

Após a apresentação do histórico de construção do viaduto, todos os engenheiros e convidados fizeram considerações sobre o tema e foram unânimes quanto à não demolição dessa importante via de acesso da região central do Rio. Ficou claro que há um custo de aproximadamente três bilhões de reais, isto é, que sai mais caro demoli-lo do que reformá-lo.

Técnicos especializados apresentaram alternativas baratas de revitalização do elevado, permitindo que fossem transformados em áreas de convivência da cidade, ou a aplicação de tratamento acústico/paisagístico a um custo de 40 milhões, ou quem sabe até uma via de suporte para a implantação do metrô linha 5, valorizando o transporte de massa, onde, segundo rápido cálculo, se observa a possibilidade de deslocamento de um número muito maior de pessoas.

O elevado da Perimetral tem quase 50 anos e liga o bairro do Caju à Praça XV, atravessa os bairros Caju, São Cristóvão, Santo Cristo, Gamboa e Saúde. Faz uma importante ligação entre as zonas norte e sul da cidade e uma ligação expressa com importantes eixos viários: a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Ponte Rio-Niterói.


Foram feitas denúncias de que esse projeto não possui a transparência necessária para ser fiscalizada pela sociedade, de que não existe projeto executivo com descrições detalhadas para essa fiscalização. Não se sabe se os monumentos históricos serão preservados nem de quem é a autoria do projeto, que é executado a toque de caixa pela prefeitura, quiçá quais as implicações ambientais do processo.

"Estamos nos mobilizando na Câmara de Vereadores, a vereadora Sonia Rabelo e eu, para somar providências no sentido de estancar o andamento dessas obras até que sejam adequadas às necessidades legais", declara o vereador Dr. Edison da Creatinina.

Na mesa estavam a vereadora Sonia Rabelo, o presidente da Seaerj, Eduardo König, o professor de Urbanismo Nireu Cavalcante, a professora Dra. Lurdes Zunino e o professor Ricardo Esteves, do Instituto Bennet.

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