Na última sexta-feira a presidenta Dilma vetou alguns artigos do novo Código Florestal. Depois de grande pressão de ambientalistas e da sociedade em geral, o texto foi alterado por uma medida provisória. Era para estarmos comemorando uma grande vitória, além de termos escapado de um verdadeiro vexame perante o mundo, às vésperas de uma conferência ambiental internacional.
No entanto, a nova redação conseguiu a proeza de desagradar a ruralistas e ambientalistas. Os agricultores argumentam que os limites impostos pelo governo, na prática, inviabilizam a atividade. As ONGs e os defensores da preservação do ambiente alegam que a medida traz insegurança jurídica, pois ameaça conquistas garantidas com a lei que cria o Estatuto da Proteção e Defesa Civil.
Uma das características do regime democrático é a capacidade de negociar e de encontrar soluções que estejam a bom termo entre as partes. Mas não podemos permitir que avanços, conseguidos a duras penas, sejam arruinados por uma política oportunista e demagógica, que usa a causa ambiental para dar um verniz ecológico justamente àqueles que mais se opõem à ideia de preservação da natureza.
O governo precisa definir rapidamente como se dará a política de incentivos a pequenos agricultores, para que os recursos naturais sejam preservados. Temos o dever de mostrar que somos capazes de manter nossas riquezas protegidas, dando exemplo de seriedade na condução da questão ambiental.
O mundo espera de nós atitudes firmes e justas, para que o desenvolvimento caminhe ao lado do respeito à natureza. Não podemos desperdiçar a oportunidade de termos nosso país na vanguarda do desenvolvimento sustentável, com respeito ao homem e ao ambiente. O planeta agradece.
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