Quero
manifestar minha preocupação quanto às notícias veiculadas sobre a situação do
Hospital Rocha Maia, na rua General Severiano, ao lado da sede do Clube
Botafogo de Futebol e Regatas, por acaso duas das instituições que muito
refletem o espírito da nossa cidade e também contam a sua história. Seu prédio,
tombado pelo patrimônio histórico, tem hoje um anexo para abrigar a emergência,
os serviços de imagem, assim como os leitos para internação.
Essa
unidade de saúde municipal está mantendo o atendimento em pediatria e clínica
médica, pólos em cardiologia, de atendimento a diabéticos, odontologia,
vacinação, a idosos com fisioterapia, mas não está projetada para ser um centro
de emergência semelhante aos dos hospitais destinados para grande complexidade
como Souza Aguiar, Lourenço Jorge, Miguel Couto e Salgado Filho.
Durante
algumas reformas que vieram acontecendo, acompanhei a manifestação das
associações de moradores dos bairros que alcança, sempre se levantando contra o
fechamento da emergência considerando que asfixiou ainda mais o Hospital Miguel
Couto, sempre tão sobrecarregado de atendimentos.
Levantaram
inclusive suspeitas e o temor de que a emergência viesse a ser definitivamente
desmobilizada naquela unidade para ser transformada em uma policlínica com
atendimento de hora marcada. As associações dos bairros se ressentem de não
serem convidadas a participar no planejamento deste que é um antigo hospital
que desde 1901 vem atendendo a inúmeros bairros da zona sul como Urca, Praia
Vermelha, Botafogo, Humaitá, leme, Copacabana, Flamengo e até Catete, uma
demanda que já chegou a alcançar uma média de 400 atendimentos por dia.
É
importante que se divulgue para a população o perfil dessa unidade que tem
previsão para voltar a funcionar em seu tradicional atendimento de emergências
de baixa complexidade, já com todos os equipamentos comprados, pessoal
treinado, no final do ano. Estivemos lá e vimos os equipamentos novos,
recebemos a informação de que há previsão de contratação do restante da equipe.
Cumprindo o papel que foi discutido no conselho distrital da região.
Se bem
equipado e com pessoal contratado, que venha a desempenhar com qualidade o que
lhe cabe. Estaremos acompanhando.
Fica a
nossa observação de que no que diz respeito ao nosso sistema único de saúde,
com sua rede de atendimentos universalizados e quase únicos no mundo, estamos
muito distantes da administração participativa que a nossa constituição
preconiza. Há um caminho a trilhar na capacitação de conselheiros no
acompanhamento das complexas situações em saúde, na educação da população em
prevenção e direitos e atribuições dos diferentes sistemas da rede SUS. Por
outro lado nos ressentimos de comunicações mais claras e constantes de seus
gestores.
Bom dia a
todos.
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