8 de jun. de 2011

Rio sem Balões..eu apoio

Nesta semana em que comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente tenho procurado ressaltar em plenário algumas das questões ambientais mais recorrentes, aquelas que nos atingem duramente. Mesmo tendo alcançado o conhecimento sobre como nos afetam, estamos ainda longe de conseguir resolvê-las, o que seria um bem para todos.
Foi anunciado esses dias que a Secretaria do Ambiente de nosso estado relançou sua campanha anual de conscientização da sociedade sobre o perigo que representa para a natureza a prática de soltar balões.
Só existe uma forma de combater o hábito de soltar balões que é não soltá-los, porque, uma vez no ar, com vento e mato seco, um balão aceso é a verdadeira tradução do inferno quando pensamos no que pode causar ao cair sobre aeroportos, redes elétricas, refinarias casas, bairros. Nas matas, os incêndios às vezes perduram por muitos e muitos dias até poderem ser apagados, não sem ajuda das brigadas especializadas dos bombeiros e algumas vezes somente com auxílio dos helicópteros.
O balão é um sonho no imaginário da nossa infância, passeia nas histórias infantis, no folclore, em versinhos e canções, mas é um vilão indominado, por exemplo, para administradores e guardiões dos nossos parques e outras modalidades de áreas protegidas. Não há brigada de incêndio, guarda-parques nem contingente de voluntários disponível e suficiente, trabalhando nesses locais, que consiga atender à necessidade premente de dominar os incêndios florestais, causadores de grande perda de biodiversidade.
Por isto é que soltar balão é infração ambiental e segundo o artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) prevê pena de dois a quatros anos de prisão e multa para quem comete este tipo de delito.

Para ajudar as autoridades policiais a combater este tipo de crime, o Disque Denúncia também lança, anualmente, sua campanha com o objetivo de estimular a população a denunciar locais de comercialização de balões e realização de festivais, oferecendo até uma recompensa por informações que levem autoridades a localizar fábricas clandestinas de balões para encontrar e reprimir os baloeiros. O número é 2253-1177.

Todos os anos assistimos ao mesmo quadro nos meses da estiagem, pois já é de conhecimento geral que os incêndios florestais causados por balões em queda vão começar, já que a estiagem coincide com os meses das belas festas juninas e julinas, tão populares em nosso país, no campo e nas cidades. As estatísticas dão conta de que os balões causam cerca de 30% desses incêndios. E as queimadas são responsáveis em parte pela perda da cobertura vegetal no nosso Estado. A cada ano essas festas estão iniciando cada vez mais cedo, até no mês de maio, e acabando por volta do meio de agosto.
Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente, INEA, “em 2010, 4.653 ocorrências de incêndios florestais foram registradas no Estado do Rio de Janeiro, a maioria provocada por queda de balões. Nos meses de junho e julho do ano passado, foram registrados 1.596 incêndios florestais. Já em 2011, somente no mês de maio, houve 2.461 ocorrências, sendo as regiões Serrana e Metropolitana as áreas com maior número de incêndios registrados”.
Vale ainda lembrar aqui que no ano passado, no Morro dos Cabritos, bairro da Lagoa, zona sul da Cidade, um incêndio, que teve início por volta das 22h de um sábado, atingiu a encosta daquele morro voltada para Copacabana e parte do Corte do Cantagalo e da Ladeira Sacopã, tirando gente de suas casas, apavorada, de noite e de madrugada. Foram os próprios moradores da região que afirmaram que o fogo começou após a queda de um balão na mata.
Reforçando então, “soltar balão é crime”. Use o disque-denúncia, 2253-1177 para avisar antes do balão ser solto, se o balão já tiver sido lançado, o certo é chamar o Corpo de Bombeiros.



Nota do Blog: Discurso do vereador proferido em 08/06/11

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