Neste dia 1° de outubro é
celebrado o Dia Internacional do Idoso. A data, criada pela Organização das Nações
Unidas (ONU), tem por objetivo convidar as pessoas à reflexão, além de chamar a
atenção da sociedade para as dificuldades dessa parcela da população. Estamos cuidando
bem dos nossos idosos? Eles estão sendo bem tratados?
Os desafios são enormes. No
Brasil, a parcela da população considerada idosa (acima de 65 anos) já chega a
15 milhões de pessoas. A expectativa é de que em vinte anos esse número dobre.
No Rio de Janeiro, estado com a segunda maior população idosa do país, são mais
de dois milhões de pessoas, representando 13% do total.
Graças ao aumento da expectativa
de vida, a terceira idade está cada vez mais presente no mercado de trabalho, a
ponto de responder, no estado do Rio, pelo sustento de 25% das famílias,
segundo dados do Censo de 2010, publicados em uma série de reportagens do
jornal O Globo esta semana.
Apesar do crescimento dessa parcela
da população o panorama geral é de abandono. Não bastam apenas hospitais e
postos de saúde, que são fundamentais, mas não são tudo. Temos que fazer com que a
cidade receba bem o idoso, e isso, definitivamente, não está acontecendo. O transporte
público exclui, as calçadas esburacadas afastam, não há segurança para que o
idoso circule com tranquilidade pelas ruas.
A criação de mais centros de convivência,
com cursos livres, atividades culturais e sociais, ajuda a promover encontros,
facilitando a sociabilização. Novas unidades de saúde precisam ser construídas contando
com o aumento da demanda dessa parcela da população. Infelizmente, as
autoridades ainda não se deram conta da importância e do alcance dessas medidas.
Economizaríamos recursos da administração municipal e, com certeza, teríamos
pessoas mais felizes.
Com os grandes eventos previstos
para os próximos anos, temos uma grande oportunidade de deixar um legado social
para a terceira idade, com a implantação da acessibilidade em ruas, calçadas e
equipamentos públicos. Um importante passo foi dado com a implantação das Academias
da Terceira Idade, cuja paternidade tem sido alvo de disputa no horário
eleitoral. Mas temos que avançar ainda mais. Valorizar o idoso e integrá-lo à cidade é trazer esperança para muita gente, que achava que a vida tinha
acabado.
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