Na última sexta-feira, a
prefeitura lançou um mapa oficial com as ciclovias da cidade e rotas exclusivas
para ciclistas. São 290km de vias, distribuídas entre a Zona Sul, o Centro,
Grajaú e Tijuca. O mapa traz também dicas de legislação de trânsito e locais de
conserto de bicicletas. Com a medida, a prefeitura espera incentivar o uso
turístico, além de convencer mais pessoas a adotar a bicicleta como meio de
transporte, ajudando a desafogar o trânsito.
Tudo muito bom, tudo muito bem.
Mas para que as bikes se tornem efetivamente uma alternativa viável de
transporte para o trabalho, muita, mas muita coisa precisa mudar. Não há
infraestrutura. São poucos bicicletários; não há segurança; o transporte
público não tem condições de absorver o fluxo de ciclistas em percursos mais
longos; muitas empresas ainda não dispõem de lugares apropriados para que o
ciclista troque de roupa ou tome um banho, por exemplo.
Temos que nos orgulhar pelo fato
de termos a maior malha cicloviária do país. No entanto, para que a mobilidade
sustentável ganhe corpo na cidade, é necessário que o poder público garanta o
direito dos ciclistas, classe que, mesmo com todas as dificuldades, teima em
crescer. De qualquer forma, alguma coisa muito boa está acontecendo: a bicicleta está, aos poucos, ganhando destaque nas políticas de transporte. Porém, essas políticas têm de ser implantadas em outras partes da cidade, como o subúrbio e as Zonas Norte e Oeste.
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