26 de jul. de 2012

Policiais sofrem com problemas de saúde


Foto: Fabiano Rocha/Ag. O Globo

Saiu na coluna do Fernando Molica, do jornal O Dia, na edição desta quinta-feira, 26 de julho. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta que mais de 35% dos policiais militares da cidade têm algum tipo de sofrimento psíquico. A pesquisa constatou que o problema é maior entre os insatisfeitos com a própria vida e com a incapacidade de reagir a situações difíceis.

Entre os principais sintomas, estão estresse, problemas digestivos e vitimização. Em todo o mundo os níveis de estresse dos policiais são mais altos que os de outros profissionais. Mas no Rio a situação é mais aguda, por causa da criminalidade e das condições de saúde e trabalho.   

A incapacidade de reação frente a situações difíceis merece ser profundamente avaliada. O treinamento é correto? O material de trabalho é adequado? Como exigir que um agente da lei lute contra grupos dispostos a tudo – principalmente a matar – com armamento inferior?

Mesmo em comunidades pacificadas o panorama é de tensão. O ataque à UPP de Nova Brasília, que resultou na morte da soldado Fabiana, mostra que o processo ainda precisa avançar muito. O prefeito promete conceder aumento de R$250 sobre a gratificação dos policiais lotados nas UPPs. Essa é uma conduta eleitoreira e oportunista de Eduardo Paes, como, aliás, tem sido a tônica da campanha oficial.

O policial precisa ser valorizado de verdade, sem paliativos. E isso não significa apenas dar-lhe um fuzil com munição infinita ou caveirões. A cultura de guerra tem que acabar. Um caminho para mudar o quadro atual é fazer com que a comunidade veja o policial como uma pessoa de confiança e, principalmente, que o policial possa contar com o apoio da população. A isso chamamos de cidadania.

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