11 de jul. de 2012

A cassação de Demóstenes e a ética na política

A cassação do sr. Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), segundo senador a perder o mandato na história do Brasil, é um ato de resgate da credibilidade do senado federal e da política no Brasil. Em sessão acompanhada por 80 senadores, 56 votaram a favor da punição do parlamentar, acusado de utilizar o mandato para beneficiar o grupo do bicheiro Carlos Cachoeira.
Houve ainda quem ficasse em cima do muro, cinco, e 19 votaram contra a cassação. Em situações limites não há como não se posicionar, omitir a própria opinião. Lamento que cinco excelentíssimos senadores tenham optado por esse posicionamento. Relator do caso no Conselho de Ética, o senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que não deveriam se levar pelo corporativismo.

Aplaudo a decisão do senado federal, que mostrou que a população ainda pode confiar em nós, políticos. Eu, por exemplo, sempre assumo meus posicionamentos, sejam contrários ou favoráveis aos projetos encaminhados pelo prefeito Eduardo Paes. Sempre tenho em vista o interesse da população.
Mesmo assim me chocou a sem-cerimônia de Demóstenes Torres, que chegou a se comparar
a um cão sarnento e disse novamente que era inocente e que não há provas contra ele. Mas o senador Pedro Taques (PDT-MT) lembrou que Demóstenes teve ampla chance de defesa durante o processo.

Sempre pautei minha vida particular e minha atuação política pela ética. Não uso o dinheiro público, não peço financiamento de pessoas ou empresas. Ao contrário de Demóstenes e de outros parlamentares, que se valem da prerrogativa de um mandato para aferir lucros e benefícios.

Agora, fora do senado, a expectativa é que Demóstenes volte ao cargo de procurador da Justiça de Goiás, do qual estava licenciado desde 2001 para concorrer ao senado da República. Esperamos que assim que reassuma o posto seja investigado pelo Ministério Público. Dessa forma, a justiça será completa.

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