O último mês de agosto foi o segundo mais quente da terra
desde 1880, quando começaram os registros oficiais, com uma temperatura média
no planeta de 14,7 graus centígrados, igualando às marcas registradas em 2001 e
2011, e ficando atrás apenas de 1998. As informações são da Organização Meteorológica
Mundial, publicadas pela agência espanhola EFE.
O órgão informou, ainda, que desde 1976 as temperaturas
registradas em agosto sempre superaram a média da temperatura global do século XX. A partir de 1984, não houve um só mês em que a temperatura tenha estado
abaixo da média.
O aquecimento global é um problema grave. São muitos os
fatores que contribuem para o aumento das temperaturas, entre eles o
crescimento vertiginoso do consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo,
que contribui para a emissão de gases do efeito estufa.
Outro fator decisivo é o desmatamento, que no país alcança
níveis dramáticos, em parte, graças à pressão do agronegócio, com a necessidade
cada vez maior de áreas de plantio e pastagens. Um relatório de 2006 da Agência
da ONU para Agricultura e Alimentação afirma que o setor pecuário foi o
responsável por 18% das emissões de gases do efeito estufa, por 9% de todo o gás
carbônico emitido pela ação do homem (desmatamentos para áreas de manejo do
pasto ou produção de grãos, cultura de arroz), 37% do metano (maior parte
devido à fermentação decorrente da ruminação) e 65% de todo o gás nitroso emitido.
Somos sete bilhões de pessoas no planeta. Para produzir carne
para essa população, é preciso criar bilhões de animais, que consomem água,
comida e recursos energéticos, demandam espaço, produzem grande quantidade de
excrementos, contaminam os mananciais, causam erosão e geram poluição
atmosférica.
A criação de animais para abate é uma forma ineficiente de produzir
alimentos: para cada quilo de proteína animal são necessários de 3 a 15kg de
proteína vegetal (milho, soja e outros).
É nesse contexto que se insere a Segunda sem Carne. O
propósito da campanha é conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de
carne para alimentação tem sobre o meio ambiente,
a saúde
humana e os animais,
convidando-as a tirar a carne do prato pelo menos uma vez por semana e a
descobrir novos sabores.
Desde 2011 o Rio de Janeiro participa desse movimento
internacional através de uma lei de minha autoria, que inclui a Segunda sem Carne no calendário oficial de eventos do município. Ao contrário do que se diz
sobre sua relevância, o papel dessa lei é mostrar que novos caminhos são
possíveis, o que, aliás, é a vocação desta cidade.
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